MINISTÉRIO PASTORAL NAS IGREJAS

sábado, 6 de outubro de 2012

A unção do Espírito Santo


ESTUDO BÍBLICO - MIPAFAVIN

A UNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO


Atos 1:8

Introdução: Quero agora falar sobre um assunto especialíssimo: a unção do Espírito Santo.
Em 1Jo 2.20 lemos a respeito da unção. Está escrito: "Porém sobre vocês Cristo tem derramado o Espírito Santo, e por isso todos vocês conhecem a verdade".

A unção é um derramar de Deus... é quando o Espírito Santo, com o Seu poder, vem numa medida generosa, sobre aqueles que crêem.

Receber a unção do Espírito Santo é a experiência de se receber um revestimento de poder.
Como lemos em Lc 24.49, Jesus fazendo promessa aos discípulos, Ele disse: "...esperem aqui em Jerusalém, até que o poder de cima venha sobre vocês". Unção é o derramar desse poder que desce de cima.

Unção é também como um batismo com fogo.
A palavra "batismo" sugere "mergulho", onde a pessoa é envolvida pela glória de Deus, é preenchida.

Essa unção do Espírito Santo na vida do crente, significa a plenitude do Espírito possuindo a plenitude do homem.
Ninguém pode ser 100% feliz na vida ministerial se não for cheio do Espírito Santo.

E para quem é a unção do Espírito Santo? É para todos os que são crentes em Jesus! Em Atos 2:39 está escrito: "Pois essa promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, o nosso Deus, chamar". Aleluia!

E qual o propósito da unção? Lemos algo revelador em At 10.30.

Jesus foi ungido com o Espírito Santo e, aí, diz a Bíblia que Ele "...andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com Ele".

Esse é o propósito da unção: Capacitar o crente com um poder tal, que ele ande também por toda a parte, fazendo o bem e manifestando o poder sobrenatural de Deus.
Você deve receber a unção de Deus, porque a unção do Espírito Santo visa uma atuação sua, de maneira útil, na obra de Deus.

Você deve receber esta unção porque ela é necessária aos servos de Deus; a unção capacita o crente para um testemunho poderoso de Jesus... como está escrito em Atos 1.8: "...quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra". Oh! Glória!

Quando estamos cheios do Espírito Santo, cheios da unção do Alto, somos ousados, corajosos, intrépidos... o mundo das trevas nos identifica e treme.
A unção é uma poderosa arma contra o diabo... é um revestimento de poder completo.

E esse poder, essa unção é necessária.
Você sabe que para se tornou um cristão, um crente em Jesus, você teve que nascer do Espírito de Deus.

Pois, para você viver como cristão, que cresce e dá frutos, você precisa ser guiado pelo Espírito Santo... É através do Espírito Santo que somos levados a um plano de vida sobrenatural.

Na história da Igreja, no decorrer do tempo, muitos receberam a unção de Deus, mas não aproveitaram esse presente, não fizeram uso desse dom.
Mas hoje, vivemos um tempo profético, no qual Deus promete derramar do Seu Espírito sobre toda a carne e a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como águas cobrem o mar (Is 11.9). Amém? (aplauda ao Senhor)

Quando você recebe a unção do Espírito Santo, algumas coisas acontecem com você... a unção resulta no seguinte:
Você ganha mais sensibilidade contra o pecado (João16: 8)

Você tem mais interesse em viver uma vida que glorifica a Jesus (João 16:13-14 Atos 4:33)

Você pode ter visões da parte do Espírito, como João na Ilha de Patmos, que foi arrebatado em espírito e pode ouvir uma grande voz como de trombeta e ver o sobrenatural;

Com a unção, foi pode fluir na manifestação dos dons espirituais, porque o Espírito Santo "Ele dá diferentes dons para cada pessoa, conforme ele quer". (1Co12.4-10).

Na unção, você também tem um maior desejo de orar e de interceder (Atos 2:41-42, Romanos 8:26).

Sabe, o Espírito Santo foi à única fonte de poder no ministério de Jesus.
Foi a unção de Deus sobre Jesus que O capacitava. Lemos em Atos 10.38: "Deus derramou o Espírito Santo sobre Jesus de Nazaré e lhe deu poder. Jesus andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os que eram dominados pelo Diabo, porque Deus estava com ele".

No Velho Testamento, essa unção veio sobre Davi e, por ela, Davi conseguiu vitória contra o gigante Golias.

Assim também em nós, é a unção de Deus em nossas vidas que nos capacita a lutar e vencer.

Dito estas coisas, consideremos agora as condições para receber a unção do Espírito Santo.

As condições são estas:
Ser um crente em Jesus;
Buscar e obedecer a Deus;
Desejar essa unção... você deve ter grande fome e sede pela unção do Espírito Santo; e,
Pedir a Deus em oração, por esta unção.

Uma evidência de que você recebeu a unção do Espírito Santo, pode ser o falar em línguas.
Falar em línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo... trata-se de falar numa linguagem que você nunca aprendeu.

E, esse orar em línguas, tem dois propósitos:
Se tiver interpretação, serve para a edificação de toda a igreja.
Se não tiver quem interprete, o falar em línguas serve como linguagem sobrenatural de oração, e edifica o crente. No v.14, Paulo declara que quando ora em línguas, o seu espírito ora bem!

No v.2, ele diz isto: "Quem fala em línguas estranhas fala a Deus e não às pessoas, pois ninguém o entende". A pessoa, o crente, ora em mistérios, isto é, numa linguagem que ela mesma não entende, os outros não entendem, mas que somente Deus entende.

É o que o apóstolo Paulo explicou: "...o que fala língua estranha... em espírito fala de mistérios" e no v.4, ele afirma: "O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo".

Na carta de Judas 1.20, lemos sobre orar no Espírito Santo... uma experiência que edifica a fé santíssima, que faz bem, beneficia ao espírito, edifica...

Todos temos a necessidade de estar cheios do Espírito Santo.
Deus quer Sua Igreja cheia do Espírito Santo... e para isso Ele unge os Seus filhos. Aleluia!

Conclusão: Todos nós precisamos ser cheios do Espírito Santo, necessitamos ser renovados nEle.
Neste momento, vamos orar por isso... você será cheio do Espírito Santo e, dos seus lábios, creia, poderá fluir outras línguas, línguas estranhas, que você não entende, ninguém entende, mas que Deus entende... e que edifica a sua vida.

Creia na manifestação sobrenatural do Deus Todo-Poderoso!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Estudo - Autoridade Espíritual


ESTUDO BÍBLICO MIPAFAVIN
ESTUDO - AUTORIDADE ESPIRITUAL




A única coisa que pode destruir o povo de Deus – Oséias 4:6
- O que é autoridade espiritual?
- É uma pessoa revestida da autoridade de Deus para desempenhar alguma função no reino do Senhor.
- As cinco maiores autoridades espirituais para a igreja de hoje (neotestamentária) está em Efésios 4:11.
- Um detalhe: profeta no texto, não é para quem tem o dom de profecia (não confunda dom de profecia com ministério profético).
- Ministério profético é um homem de Deus que é um profeta para o povo através da Palavra
- Quais são as atitudes de uma pessoa que reconhece e se submete a uma autoridade espiritual?

1- “E fez Josué como Moisés lhe dissera” – obediência. (Êxodo 17: 9-10)
- Você não quer obedecer ao seu pastor? Então você não é ovelha, e sim, bode.
- Se você ver um crente (pode ser cheio de “fogo”, cheio de “poder”, pode falar em línguas a hora que quiser) pergunte sobre o pastor dele, a quem ele está submisso e a quem ele obedece. Pode cantar ali, acolá... “quem é o seu pastor? Qual foi a última vez que você esteve na igreja?” – Gente que anda cantando pra cima e pra baixo, que não está debaixo de uma autoridade espiritual, tem que ter cuidado. Gente que anda pregando pra cima e pra baixo e você pergunta a ele: “Você está debaixo de qual autoridade? Nenhuma?” Pode pregar, pode cair fogo do céu, obedece a que autoridade? A ninguém? Sai fora.

2- Quer servir a autoridade espiritual? (Êxodo 24:13)
- Josué não era qualquer um, ele era comandante do exército de Israel e servia a Moisés.

3- Êxodo 24:13-14
- A pessoa quer estar perto, junto da autoridade espiritual.
- O problema de muitas pessoas é que elas olham para o pastor e olha só como um ser humano normal (sujeito a falhas) e elas não conseguem ver o revestimento da autoridade espiritual que está sobre àquela pessoa.

4- Não participa de rebelião contra autoridade espiritual.
- Números 16
- Sai fora de se rebelar contra pastor. Você não está satisfeito com o seu pastor? Chega até ele, pede a bênção e procure outra igreja.
- Não queira gente que se rebela contra autoridade espiritual e você ter profunda comunhão com essa gente. Vai trazer maldição pra você.
- Uma pessoa que reconhece uma autoridade espiritual, não se rebela contra ela.
- Conseqüências para quem reconhece e se submete a uma autoridade espiritual:
- Obs: Autoridade espiritual não tem direito de violar seu espaço vital, não tem o direito de dizer o que você vai comer dentro da sua casa, ou a cor do terno ou do vestido da sua mulher

1- Êxodo 17:13
- Se você está debaixo de uma autoridade espiritual, se prepare para a conquista de grandes vitórias.
2- Êxodo 18:9 – “Por isso disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja...”
- Quem está debaixo de uma autoridade espiritual, recebe certa autoridade espiritual – Moisés manda em Josué e Josué manda em um monte de gente.
3- Êxodo 24:12-14
- Você irá participar de experiências espirituais profundas.
- Israel estava embaixo do monte vendo o cume fumegar, mas Josué estava lá no cume com Moisés.
4- Deuteronômio 34:9 – “E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos...”
- Você está debaixo de uma autoridade espiritual? Existe algo especial de Deus para sua vida.
5- “...assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés”
- Quem se submete a uma autoridade espiritual, é considerado pelos outros.
- Quando você se submete a uma autoridade espiritual, você recebe autoridade espiritual em algum nível.
1- Você pode receber autoridade espiritual igual a quem você se submeteu.
2- Você pode receber autoridade espiritual menor de quem você se submeteu.
3- Você pode receber autoridade espiritual maior de quem você se submeteu.
- No caso de Josué e Moisés, a autoridade espiritual de Josué não foi maior do que de Moisés – Deuteronômio 34:10.

- Quando você se submete a uma autoridade espiritual, não tem nenhum problema de se submeter a maior autoridade que existe: Deus.
- A pessoa que não se submete a pastor, pode ter certeza que ela não se submete a Deus. Se não obedece ao homem que vê, como pode obedecer a Deus que não vê?
- Josué 24:15

- Algumas observações importantes:
1- Deus perdoa pecados contra a Sua santidade, mas na Bíblia não consta passagens informando que Deus perdoa pecado contra a Sua autoridade.
- Pecado contra a santidade de Deus (não é apologia ao pecado, porque todo o pecado tem conseqüências): o camarada adultera, Deus perdoa. Vai ter conseqüências, mas Deus perdoa. O camarada mente, Deus perdoa. O camarada fala palavras de baixo escalão, Deus perdoa.
- Lúcifer se rebelou contra Deus no Céu, não teve colher de chá, não teve perdão
- Datã, Corã e Abirão se rebelaram contra a autoridade de Moisés que representava Deus, não tiveram perdão.
- Pastores: se alguém se rebelar contra você, libera perdão, vai em paz, mas nunca mais permita voltar. Tem um grupo que no meio tem pastor, são líderes? Tchau. Tem ovelha? Ovelha é dirigida, pode voltar, pastor perdoa, restaura. Tem liderança? Não negocia com isso não, o camarada se rebelou contra você, é um pastor ou obreiro? Não tem colher de chá. Libere perdão, mas não deixe voltar para junto de você.

2- Se alguém quer ser autoridade espiritual, não existe uma autoridade espiritual que não tenha se submetido por algum tempo a uma autoridade espiritual.
- Exemplos: Abraão submetido a Melquisedeque (sacerdote e rei em Salém); Moisés a seu sogro; Josué a Moisés; Davi a Saul; Jesus a João Batista (quem liderou o ministério de Jesus foi João Batista).
- Deus se submete às leis que Ele cria. João Batista não queria batizar Jesus, mas Ele disse que precisava ser batizado. Depois que Jesus foi batizado, aí sim Ele começou o Seu ministério.
- Se você não se submete a uma autoridade espiritual, jamais poderá ser uma autoridade espiritual.

3- O erro de uma autoridade espiritual, não lhe dá direito de se rebelar contra ela.
- O exemplo clássico é Davi e Saul. Saul tentou matar Davi e durante aproximadamente 10 anos Saul perseguiu a Davi como um cão. Quando Saul está na mão de Davi (os assessores de Davi ainda falaram em nome de Deus) – I Samuel 26 – Davi quis dizer o seguinte: “Não fui eu que dei autoridade a Saul, não me compete tirá-la”.
- Quem Deus dá autoridade, compete a Deus tirá-la ou não. Não é da sua competência. Você não tem autoridade para tirar a autoridade de quem é autoridade espiritual. Nenhuma ovelha tem.

4- A desobediência a uma autoridade espiritual, é passiva de punição.
- Deus criou tudo perfeito, criou a Adão e disse que tudo poderia tocar, menos na árvore da ciência do bem e do mal. Deus estava ensinando a Adão o princípio de obediência. Desobedeceu, foi punido com a morte. Deus falou com Moisés: “Fala com a rocha”, Moisés feriu a rocha, foi punido de não entrar na terra prometida.
- Deuteronômio 3:26
- Agradeça a Deus e ao teu pastor se ele te punir, é sinal de que ele quer te recuperar.

5- Até o diabo reconhece quem está submisso a uma autoridade espiritual.
- Atos 19:11-16
- O diabo reconhece e não te toca, porque sabe que você está debaixo de autoridade espiritual.

- Qual é a função de uma autoridade espiritual?
- Proteção, provisão e promoção

- Nunca pactue com rebelde; nunca esteja do lado de quem causa divisão no reino de Deus. Pastores, não recebam na sua igreja pessoas que causaram divisão nas igrejas dos outros. Nunca bote grupos de louvor que por mais que sejam famosos e que causaram problemas a outros ministérios.

- Lá fora você pode ser senador da república, prefeito da cidade, governador do estado, ministro do supremo tribunal federal, deputado federal. Lá fora você pode ser o mais rico comerciante da cidade, dentro da igreja não passa de ovelha.

- Aprenda a se submeter a uma autoridade espiritual e você vai ver bênçãos na sua vida.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Estudo - O Amor ao próximo


ESTUDO BÍBLICO MIPAFAVIN
O AMOR AO PRÓXIMO



Lucas 10. 25 – 28
E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.Oamoraoprximo O AMOR AO PRÓXIMO

Diz a Palavra que um doutor da Lei se dirigiu a Jesus, com a intenção de tentá-lo, e lhe fez um questionamento de como deveria agir para conseguir a vida eterna. Jesus devolveu a sua pergunta argüindo-o do que dizia as Escrituras a respeito daquele assunto e arrematou com outro questionamento, de qual era a sua opinião respeito.

Ele respondeu dizendo de deveríamos amar a Deus como todo o nosso coração, com toda da nossa alma, com todas as nossas forças e com toda a nossa mente e, ao próximo, como amamos a nós mesmos.

Jesus lhe disse que ele estava absolutamente certo e agindo dessa forma ele viveria, mas o mestre não se dando por vencido questionou a respeito de quem seria o nosso próximo.

Então o Senhor respondeu através de uma parábola, dizendo que um homem estava indo de Jerusalém à Jericó e durante a sua caminhada foi assaltado e os ladrões tiraram a sua roupa, deram-lhe uma surra e o abandonaram prestes a morrer.

Nesse meio tempo veio passando por ali um sacerdote e quando viu o homem naquela situação, quase morrendo, mudou a trajetória do seu caminho e passou pelo outro lado do local onde se encontrava o ferido. Um pouco mais tarde passou outra pessoa, um levita, que agiu da mesma forma e foi-se embora. Entretanto, outra pessoa de origem samaritana, que estava de viagem, ao ver aquela cena ficou com compaixão daquele cidadão e se aproximou dele, limpou os seus ferimentos com vinho e azeite e cobriu seus machucados. Não satisfeito com essa atitude foi mais além, colocou a pessoa em cima do seu cavalo e o transportou para uma estalagem, onde continuou a cuidar dele. No dia seguinte deu um dinheiro ao dono da pensão para que cuidasse do ferido, disse que voltaria e, caso o dinheiro não fosse suficiente, ele pagaria o restante na sua volta.

Nesse momento Jesus volta a perguntar ao doutor da Lei qual, em sua opinião, seria o próximo do homem assaltado. A resposta foi de que seria aquele que tinha prestado socorro àquele homem, então, o Senhor disse para ele ir embora e agir da mesma forma.
Essa parábola nos mostra as atitudes de três pessoas, o sacerdote, o levita e o samaritano. Os dois primeiros, apesar de virem que o homem precisava de ajuda procuram passar ao largo para não se envolverem no caso e o terceiro agiu de maneira completamente diferente, se envolveu por inteiro no problema ajudando aquele homem e, com certeza, salvando a sua vida. Esse texto nos fala de amor e do próximo e nos leva à reflexão do que seria amar o próximo. Na grande maioria das vezes, quando falamos de amor somos levados a pensar de pronto no sentimento, porém gostaríamos de enfatizar que o amor ao próximo fala muito mais de comportamento.

É lógico que o samaritano teve pena daquele homem, teve compaixão de vê-lo naquela situação, quase morto, sem roupa, cheio de ferimentos e prestes a morrer, mas a pergunta que devemos fazer é: “Será que o sacerdote e o levita também não tiveram?” Não podemos responder em virtude de a Bíblia não falar nada a esse respeito, porém não seria nenhum absurdo pensar que sim. O que fez a diferença para a vida daquela pessoa não foi o sentimento e sim o comportamento do samaritano. Ele sentir pena e agir da mesma forma que o sacerdote e o levita de nada teria adiantado para a vida do homem assaltado, o que realmente fez toda a diferença foi a sua atitude de descer do seu cavalo, cuidar dele, levá-lo para a pensão, continuar cuidando e ainda deixar dinheiro e a recomendação para que ele fosse cuidado, isto é, o seu comportamento diante daquele quadro.

Muitas vezes muitos de nós, quando procurados em alguma situação por alguém, ficamos muito penalizados, solidários, oramos, mas a grande mensagem desse texto é que agir assim talvez não seja o suficiente. É lógico que nem sempre é possível ter uma atitude diferente, porém o que precisamos estar atentos é para o fato de que em muitas ocasiões podemos fazer algo mais, ou seja, podemos ter um comportamento diferente e irmos além de simplesmente nos solidarizar, orar ou ficar com pena.

O nosso comportamento é fundamental em diversas questões e, em determinadas ocasiões não é necessária muita coisa, o problema é que, como o sacerdote e o levita, não queremos sair do planejamento que criamos e, em determinadas situações se formos realmente ajudar, é o que acabará acontecendo, então por conta disso, deixamos de fazer aquilo que poderíamos. Pense nisso.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Estudo - O Vaso do Oleiro é de barro


ESTUDO BÍBLICO MIPAFAVIN
O Vaso do Oleiro é de barro





Os escritores bíblicos utilizaram muitas figuras para transmitir ensinamentos espirituais. Utensílios domésticos, como os vasos de barro, foram citados inúmeras vezes. Objetos assim, presentes em todas as casas, tornavam-se bons recursos didáticos, facilitando a compreensão de muitas lições para todos os ouvintes e leitores.

Em muitos textos, o homem é comparado ao vaso, visto que ambos são feitos do barro (Sal.31.12; Jr.22.28; 51.34). Em outros, a própria nação de Israel é representada dessa forma (Jr.18.1-6; 19.1,10,11; Is.30.14. Os.8.8). O oleiro se torna uma figura do próprio Deus.

"Ó Senhor, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos". (Is.64.8). 



O apóstolo Paulo citou os vasos algumas vezes em suas epístolas. Para ele, todas as pessoas eram ou poderiam vir a ser vasos bons ou ruins (Rm.9.21). Afinal, ele mesmo foi nomeado como um "vaso escolhido" pelo Senhor (At.9.15). Entre suas instruções ao jovem líder Timóteo, lemos: "De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra." (II Tm.2.21).

Tais recipientes eram imprescindíveis no dia-a-dia, sendo usados para guardar desde líquidos até pergaminhos. Todas as pessoas precisavam deles. Da mesma forma, aprendemos que Deus precisa de nós. É estranho dizer que Deus possa precisar de algo ou de alguém, mas isto acontece porque ele mesmo decidiu nos usar em sua obra. 



Quando Eliseu operou o milagre da multiplicação do azeite da viúva, ele pediu que se trouxessem muitas vasilhas vazias (IIRs.4). Se fosse hoje, traríamos muitas panelas de alumínio, ou de ferro, mas, naquele tempo, eram vasos de barro. O azeite só parou de jorrar quando os vasos acabaram. Embora Deus pudesse agir de tantas maneiras, ele decidiu usar os vasos que estivessem disponíveis. Assim também, ele deseja nos encontrar à sua disposição para que milagres aconteçam. 



O  MATERIAL

Nos tempos bíblicos existiam vasos de vários tipos, mas o mais comum era o de barro. Fazer um vaso de pedra seria muito difícil. Fazer um vaso de lama, seria impossível. O barro, porém, com sua consistência e flexibilidade, é o material ideal para o trabalho do oleiro. Deus deseja trabalhar em nosso caráter. Não podemos ser duros como a pedra nem instáveis como a lama. Algumas pessoas são duras, insensíveis, inflexíveis. Não perdoam, não se arrependem, não choram, não mudam, não aprendem. Costumam dizer: "Eu sou assim mesmo, e não vou mudar". Outras são inseguras, volúveis como a lama, que só serve para sujar o lugar onde se encontra. Não podem ser moldadas nem contidas. Mudam de idéia rapidamente. Não têm propósito definido. São sempre imprevisíveis e inconstantes. Com a mesma rapidez com que se convertem, desviam-se.

O barro, entretanto, encontrado no melhor equilíbrio entre suas porções de terra e água, torna-se matéria prima para que o oleiro realize sua arte com liberdade e satisfação. Precisamos aceitar o trabalho de Deus em nós, recebendo de bom grado o que sabemos ser a sua vontade para as nossas vidas. Não podemos rejeitar o que vem de Deus. Deixando de lado a murmuração, o questionamento e a rebeldia, aceitemos o trabalho do oleiro. 



A  FABRICAÇÃO

"Desce à casa do oleiro e lá te farei ouvir as minhas palavras." (Jr.18.2).

O barro, que para muitos pode não ter valor, é visto de outra forma pelo oleiro, que nele consegue vislumbrar o objeto que pode ser fabricado. Deus vê em nós tudo aquilo que podemos ser, desde que estejamos em suas mãos. No momento presente, talvez ainda não tenhamos a forma desejada pelo Senhor, mas, se nos deixarmos moldar, a obra iniciada será concluída (Fp.1.6).

Assim como Deus tomou o barro e formou o primeiro homem, ele continua moldando o nosso caráter. O trabalho de suas mãos demonstra dedicação e carinho para conosco. O barro é amassado de todos os lados, recebendo a porção de água necessária para que sua flexibilidade seja mantida. Ele não pode endurecer no meio do processo. 



Quantas vezes nos sentimos amassados também? Somos atribulados, provados, pressionados. Estamos sendo moldados. É um processo de transformação para que sejamos o que o Senhor planejou para nós, ainda que não possamos compreender plenamente os seus métodos e propósitos.

Nesse momento, as escórias são retiradas. Todo corpo estranho que houver no barro será removido. Assim também, Deus pode retirar de nós algo que não está lhe agradando. Pode doer. Podemos sentir falta, mas o resultado será muito melhor. 



O oleiro é soberano. Somente a sua vontade e o seu bom gosto são determinantes sobre a forma que o vaso terá (Jr.18.4). Não podemos exigir que Deus faça ou deixe de fazer algo.

"Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes"? (Is.45.9; Rm.9.20; Is.29.16). 



Algumas vezes o vaso se quebra durante a fabricação (Jr.18.4), ou pode ser que o próprio oleiro o quebre por não estar satisfeito com a sua forma. Em seguida, os pedaços são juntados e colocados novamente sobre as rodas. O Senhor não desiste de nós. Se caímos e quebramos, ele nos dá outra oportunidade. Enquanto estivermos neste mundo, ainda podemos ser moldados, conquanto que estejamos nas mãos de Deus. A pessoa que foge rejeita o tratamento. Aqueles que desistem do evangelho, abandonam a igreja, estão resistindo à ação das mãos de Deus. Nunca deixam de estar ao seu alcance, mas podem não se tornar vasos para a honra. 



Quando termina a fase de modelagem e o vaso se encontra na forma desejada pelo oleiro, começa a secagem. O vaso é colocado em algum lugar onde deverá ficar o tempo necessário. Ele não está sendo moldado nem utilizado. Parece que foi abandonado e esquecido, mas o oleiro sempre está atento. Não se preocupe. Pode parecer que tudo esteja concluído ou até mesmo perdido, mas não está. 



Antes de ser utilizado, o vaso ainda precisa passar pelo fogo para adquirir resistência e impermeabilidade.

"Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse" (IPd.4.12).

Quantas vezes desejamos ser usados pelo Senhor! Queremos estar em constante atividade, mas somos colocados para esperar e passamos por tribulações inexplicáveis. Tudo faz parte do processo de formação. 



Moisés, aos 40 anos, queria libertar o seu povo, mas precisou esperar outros 40. José foi vocacionado aos 17 anos, mas somente aos 30 começou a cumprir o seu chamado. Davi, ainda jovem, foi ungido rei de Israel, mas precisou esperar muitos anos para assumir o trono. Entre a vocação e o cumprimento da missão, existe um processo de preparação, sem a qual não estaremos aptos para fazermos o que Deus deseja. Não podemos determinar a duração dessa fase, mas temos certeza quanto à sua ocorrência.

O barro, que precisa ser maleável para ser moldado, não pode continuar flexível depois que o vaso fica pronto. Por isso precisa passar pelo fogo. Quem se converte ao evangelho de Jesus Cristo não pode mais se converter a outra coisa, outra doutrina ou religião. Se já conhecemos o Senhor, precisamos ser resistentes a outros apelos ou às transformações propostas pelo mundo. 



A  CONDIÇÃO  DO  VASO

Todo vaso, por melhor que seja, não poderá ser usado se estiver sujo. Não podemos ser usados pelo Senhor para os melhores propósitos se estivermos contaminados. Por isso, precisamos viver em santificação. Se pecarmos, devemos suplicar o perdão, lavando-nos no precioso sangue de Jesus. O vaso precisa estar limpo, por dentro e por fora (Is.66.20). A lei de Moisés determinava que os vasos imundos fossem destruídos (Lv.11.33,35; 15.12). Eram casos extremos de imundícies bem específicas. Os vasos da casa de Deus precisam estar purificados, santificados, idôneos e preparados para toda boa obra (IITm.2.21). 



O  CONTEÚDO  DO  VASO.

Encontramos na bíblia muitas referências aos vasos e ao seu conteúdo. Alguns são mencionados contendo água (Num.19.17), outros com azeite (ISm.10.1), vinho (Joel 3.13), perfume (Lc.7.37), maná (Ex.16.33), vinagre (João 19.29), documentos (Jr.32.14) e coisas abomináveis (Is.65.4). 



Qual é o nosso conteúdo? Estamos cheios de quê? Quantas vezes, alguém se aproxima de nós, talvez atraído por nossas características exteriores, esperando encontrar água e acha vinagre?

Estamos cheios de pecado? Cheios de amargura, malícia, inveja? Quem não confessa ou não perdoa, guarda o pecado em seu interior.

Para que sejamos usados pelo Senhor para a sua glória, precisamos renunciar a todo o mal que porventura estejamos carregando em nossos corações. Aquele que guarda o rancor deve perdoar. Assim, o vaso se esvazia do que é ruim e pode ser cheio com o que é bom, de modo que venha transbordar. 



Quando Paulo escreveu a Timóteo sobre a purificação do vaso (IITm.2.14-26) ele se referia a algumas coisas que precisavam ser evitadas ou eliminadas: contenda (v.14); falatórios vãos (v.16), injustiça (v.19), desejos da mocidade (v.22) e questões insanas (v.23). A lista inclui pecados notórios e alguns itens que parecem não ser tão prejudiciais, tais como os falatórios vãos. Entretanto, são práticas que ocupam nosso tempo, ocupam o espaço no vaso que deveria estar cheio de preciosidades. Paulo recomendou que Timóteo se enchesse com justiça, fé, amor, paz, mansidão, paciência e aptidão para ensinar (v.22 e 24). 



A  UTILIDADE  DO  VASO

Encontramos tantas referências bíblicas sobre os vasos, em tantas situações distintas, mas nenhuma delas apresenta o vaso com o propósito ornamental. Não encontramos vasos com plantas ou flores para enfeitar algum ambiente. Os vasos existem para o serviço. Eles precisam conter alguma coisa útil.

O vaso não é apenas receptor, mas recipiente. Ele recebe, guarda, conserva e entrega no tempo certo. Devemos receber a palavra do Senhor em nossos corações. Pela ação do Espírito Santo, ela produzirá poder e unção que fluirá em nossas vidas. 



CUIDADOS  COM  O  VASO

Depois de tão difícil processo de formação, o vaso não pode cair. Se isso acontecer, poderá quebrar-se. Ainda que possa ser refeito, muito tempo será perdido e sua utilidade ficará reduzida. Assim acontece com aqueles que fracassam na vida cristã, tornando-se motivo de escândalo.

Quando a bíblia nos compara aos vasos de barro, ela nos exorta à humildade. O próprio termo "humildade" vem de "humus", palavra latina que significa "barro". Que cada um de nós veja a si mesmo de forma simples, sabendo que estamos nas mãos de Deus, dependentes da sua misericórdia.

Mais importante do que o vaso é o seu conteúdo:

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós" (IICo.4.7).


Cristo habita em nós, e isto faz com que tenhamos um grande valor. Jamais podemos nos esquecer disso. Se fizermos algo de excelente no reino de Deus, terá sido pelos méritos de Jesus, que operou em nós de modo maravilhoso. Coloque-se nas mãos do oleiro. Ele quer transformá-lo e usá-lo.
 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Estudo - A importância de pregar a verdade sempre


ESTUDO BÍBLICO MIPAFAVIN
A IMPORTÂNCIA DE PREGAR A VERDADE SEMPRE




A verdade importa? A grande maioria das pessoas diria que sim. Ninguém gosta de mentiras. Quando você vai ao banco e acessa sua conta bancária, você quer que aquilo que esteja mostrando no monitor seja uma exata representação da verdade. Por mais difícil que ela seja. Quando você vai ao médico, quer que ele lhe diga a verdade.



Estou perguntando isso porque vejo hoje na igreja cristã uma apatia em relação à verdade, como se ela não importasse muito. Assuntos como: ‘A existência de Deus’, ‘Ressurreição’, ‘Veracidade das Escrituras’ e outras coisas parecem pouco importar. Não somente por serem assuntos complexos, mas em sentido mais amplo, como se não fizesse diferença se esses assuntos são objetivamente verdades ou não. Por exemplo:
-É verdade ou não que existe um inferno? Se sim, quem vai para lá?
-É verdade ou não que aqueles que morrem em seus pecados sem o perdão de Cristo irão para o inferno?
Se for verdade, então isso importa muito, pois muitos que estão à nossa volta irão para lá e isso exige uma ação de nossa parte.
Se não for verdade, então todo o trabalho evangelístico é uma enorme perda de tempo. Não exista justiça divina, não existe ira vindoura.
-Jesus Cristo ressuscitou ou não ressuscitou?
Não existe uma terceira opção. Dizer “é verdade para mim” não ajuda porque se Ele não ressuscitou, então nossa fé é em vão (1 Cor 15:17). Agora, se ele ressuscitou, então Jesus Cristo realmente é quem Ele disse que era, está vivo e não pode ser ignorado.
Como a maioria dos cristãos lidam com a questão da verdade? Infelizmente, a grande maioria simplesmente reage com apatia. E é fácil descobrir porque. É uma postura defensiva, mas extremamente perigosa, irracional e contrária às Escrituras.


A apatia funciona defensivamente de duas formas:
  1. Em primeiro lugar, ela impede que a pessoa talvez venha a descobrir que aquilo que ela acredita não é verdade. Talvez entrar em uma busca para descobrir se Deus existe ou não pode revelar que Ele não existe! Talvez Jesus não ressuscitou! Talvez a Bíblia não seja a Palavra de Deus no final das contas. As pessoas não gostam de descobrir que suas crenças são falsas. Então, é melhor cercar com uma bolha de isolamento as nossas crenças e nunca testá-las para saber se são verdade ou não. A verdade pode ser dolorosa.
  2. A outra forma defensiva que a apatia pode operar é para mim mais cruel, mas um grande motivador para seu uso. Descobrir que aquilo que eu acredito realmente é uma verdade objetiva provavelmente irá exigir algo de mim. Se o inferno existe, é real e destino para o perdido, não me resta mais nenhuma opção se não pregar o evangelho para meu próximo. Se biblicamente o aborto é errado, eu não posso me calar diante disso. A vida de seres humanos está em risco aqui. Tanto nessa vida quanto na próxima.
Para evitar ter que tomar qualquer ação, eu consciente ou inconscientemente trato a verdade das Escrituras de forma apática. Assim eu não perco a minha fé, mas também não preciso fazer nada em relação a isso.
Mas não é isso que diz as Escrituras: ‘…conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’ (João 8:32).
Podemos ser livres sem a verdade? Não.
Podemos ter a verdade sem conhecê-la? Não. É necessário conhecê-la para que possamos ser livres.
O mais triste de tudo, é que a fé cristã é verdadeira e totalmente sustentada pelas evidências e fatos históricos. E tudo está ai para que possamos aprender. Mas poucos de nós saem da sua zona de conforto para isso.
Mas nós nos esquecemos que “bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade, contra os que tais coisas praticam” (Rom 22:).
Paulo nos dá duas orientações valiosas, que faremos bem em nos lembrar:
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça” (Ef. 6:14).
E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”(Rm. 12:2).
Alguém disposto a encarar a tarefa?

domingo, 1 de janeiro de 2012

Estudo - Propósitos para o Ano Novo


ESTUDO BÍBLICO MIPAFAVIN
PROPÓSITOS PARA O ANO NOVO





Quando um novo ano se aproxima, muita gente contempla o futuro como uma oportunidade de fazer mudanças na sua vida – em seu estilo de vida, no seu planejamento, nas suas atividades, em seus alvos, entre outras mudanças. É bem verdade que muitos propósitos irrelevantes são estabelecidos e, poucos dias depois, são abandonados; porém, alguns propósitos genuínos podem ser mantidos.

As Escrituras Sagradas fornecem exemplos desse último tipo de propósito. Daniel, o grande profeta judeu, “Resolveu [...] firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia...” (Daniel 1.8). Ao preparar-se para um novo ano, sugiro que você “resolva firmemente” dar passos concretos que levarão a um aperfeiçoamento de sua vida espiritual, emocional e física no ano que se aproxima.

Deus nos criou à Sua imagem – com uma natureza trina: espírito, alma e corpo. A alma é aquilo que realmente somos, a saber, o “homem [a mulher] interior do coração”. Antes de nos tornarmos “nova criatura” em Cristo, existíamos em nosso espírito “natural” (i.e., uma natureza consciente), que a Bíblia denomina de “o velho homem”; Cristo nos concedeu uma nova vida espiritual, ou seja, “o novo homem”. O mais fortalecido desses dois é o que vai dominar ou controlar nossas atitudes e procedimentos no dia-a-dia. O mais forte em nossa vida será aquele ao qual mais alimentamos, o mais nutrido dentre os dois. O “homem natural” deseja aquelas coisas que estimulam as paixões da carne e que buscam o reconhecimento humano; o “homem espiritual” prospera na Palavra de Deus pela prática do que agrada a Ele.

O apóstolo Paulo desafiou os crentes em Cristo recém-convertidos de Tessalônica com as seguintes palavras: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5.23).

Paulo lhes trouxe à memória o fato de que o “tribunal de Cristo” ocorrerá depois do Arrebatamento, não para julgar os pecados que eles haviam cometido antes de conhecer a Cristo (pois todos os pecados foram pagos e perdoados na cruz), mas para avaliar o modo pelo qual viveram a nova vida na qualidade de crentes em Jesus (2 Coríntios 5.10). Nesse tribunal será avaliado o uso que cada salvo em Cristo fez do seu espírito, alma e corpo. Por essa razão, a decisão mais sábia que podemos tomar é a de sermos diligentes no uso de nosso tempo e da nossa energia, de modo que alimentemos regularmente nossa nova natureza com a Palavra de Deus.

Há alguns anos, reuníamos um grupo de jogadores de futebol americano do time do Chargers em nossa casa para estudarmos a Bíblia. Na seqüência de estudos bíblicos demonstrei ao grupo a necessidade de crescermos em nossa vida cristã e expliquei que, apesar de termos nascido de novo em Cristo, o espírito do “velho homem” ainda está presente em nós junto com o espírito do “novo homem”. Então, um dos jogadores perguntou: “Ora, se eu ainda possuo essas duas naturezas, qual delas controla minha vida?”. Minha resposta imediata foi a seguinte: “Aquela que você mais alimenta!”.

Isso continua a ser verdade! Sua consciência espiritual é fortalecida pela quantidade de tempo que você passa com o Mestre e pela prática de Seus ensinos. Se você assume em seu coração o propósito de fortalecer-se “...no Senhor e na força de Seu poder” (Efésios 6.10), um método regular de leitura e estudo da Palavra de Deus promoverá o desenvolvimento de sua nova natureza, a qual, por conseguinte, prevalecerá sobre seu espírito natural. Na Carta aos Hebreus está escrito:

“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hebreus 4.12).

Essa promessa assegura que até mesmo nossos pensamentos podem se ajustar aos pensamentos de Deus. A comunhão diária com o Senhor nos proporciona um relacionamento mais íntimo com Ele e uma compreensão melhor do Seu poder. Tal relacionamento não pode ser obtido por nossa própria força. Em 2 Pedro 1.3-4, as Escrituras Sagradas nos garantem que é possível alcançar esse padrão elevado de viver para Deus:

“Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”.

Que maior promessa poderíamos obter do que a de nos tornarmos participantes da natureza divina no momento em que depositamos nossa confiança em Jesus Cristo? Se aprendermos a privar nossa velha natureza daquilo que a alimenta, fazendo-a passar fome (i.e., gastarmos menos tempo e energia com coisas banais que não têm valor eterno), desfrutaremos de uma vida vitoriosa com a natureza de Cristo que se encontra em nós.

Na vida moderna, os maiores ataques à nossa mente são oriundos daquilo que assistimos e vemos na mídia eletrônica – os filmes, os programas de televisão e a internet. Grande parte daquilo que é oferecido na mídia eletrônica é prejudicial ao espírito e à mente, impedindo o crescimento de nosso “homem espiritual”.

Charlie “Tremendous” [i.e., “Extraordinário”] Jones, um conferencista evangélico das décadas de 1980 e 1990, freqüentemente dizia: “Você, hoje, é o resultado dos livros que leu e das pessoas com as quais teve contato nos últimos dez anos”. Creio que isso seja verdade, contudo, atualmente eu acrescentaria: “...bem como dos filmes, vídeos, DVDs e programas de TV a que você assiste, além dos sites da internet que tem acessado”. Em termos espirituais, você, hoje, é o resultado da quantidade de tempo que tem dedicado à Palavra de Deus.

Bem no começo de meu ministério pastoral aprendi o método que a organização evangélica The Navigator’s utilizava para ajudar os recém-convertidos a crescerem em Cristo. The Navigator’s desenvolveu o diagrama da “mão”, através do qual apresentava cinco passos para a edificação de uma vida de fé em Jesus Cristo (cada dedo da “mão” corresponde a um passo), a saber:

1. Ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10.17)

Participar de uma igreja que creia na Bíblia; uma igreja que ensine a Palavra de Deus e que a ponha em prática como autoridade suprema e final para todos os crentes em Cristo. Tome cuidado com a “igreja emergente” que se denomina “evangélica”, mas não reconhece a autoridade da Palavra de Deus da forma como está escrita na Bíblia.

2. Ler diariamente a Palavra de Deus (Apocalipse 1.3)

Deus optou por nos apresentar uma Palavra escrita e o propósito dEle é que os seres humanos de todas as gerações a leiam. Manter um diário daquilo que você tem aprendido pode ser muito útil. Fazer esse registro diário é realmente muito simples. Apenas peça a Deus que lhe fale pela Sua Palavra, a Bíblia; em seguida, escreva no seu diário cada mensagem que o Senhor, através das Escrituras, comunicou a você naquele dia.

3. Estudar a Palavra de Deus (2 Timóteo 2.15)

Você não pode dar aquilo que não possui. Para estar apto a compartilhar seu testemunho e o amor de Cristo com outras pessoas, é fundamental que você participe de um grupo saudável de estudo bíblico ou se inscreva num curso bíblico por correspondência. A diferença entre um cristão e um servo de Cristo é o estudo bíblico.

4. Memorizar a Palavra de Deus (Salmo 119.11)

Memorizar textos bíblicos faz com que a Palavra de Deus se torne parte de você e é a maneira mais rápida de crescer em Cristo. Esse recurso também lhe será extremamente proveitoso quando você tiver necessidade urgente de orientação e não possuir nenhuma Bíblia à mão. Uma prática que auxilia a memorização é a de escrever versículos específicos num cartão a fim de que a pessoa possa levá-lo e ler, várias vezes ao dia, os versículos nele escritos.

5. Meditar diariamente na Palavra de Deus (Salmo 119.15-16)

A reflexão diária nos textos lidos da Palavra de Deus irá ajudá-lo a aplicar os princípios bíblicos à sua vida. Busque maneiras de colocar em prática no seu viver tudo o que você tem aprendido.

Os propósitos que você estabeleceu para o ano novo podem influenciar seu espírito, sua alma e seu corpo se você realmente deseja aperfeiçoar sua vida íntima e seu relacionamento com Jesus Cristo. Mesmo que você falhe em algum dia, não desista. A Bíblia faz a seguinte declaração sobre o ser humano: “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é...” (Provérbios 23.7). Ao investir tempo no estudo da Palavra de Deus e meditar em suas verdades, você tem condição de aplicar à sua vida o que tem aprendido nas Escrituras. O salmista afirmou: “Bem-aventurado [i.e., ‘feliz’] o homem que não anda no conselho dos ímpios [...] Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. É essa postura que auxilia a pessoa nas muitas decisões que precisa tomar diariamente em sua vida (cf. Mateus 4.4).

Que Deus lhe conceda um abençoado ano novo! Creio que Ele o fará SE você nutrir sua alma regularmente com a Palavra de Deus. Jesus disse: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4.4).