MINISTÉRIO PASTORAL NAS IGREJAS

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Estudo - O Perdão

ESTUDO BÍBLICO MIPAFAVIN

FALANDO SOBRE PERDÃO


“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. – Mateus 5:23,24

A reconciliação não é algo a ser praticado somente entre nós e Deus, mas também para com nossos irmãos. Reconhecemos, que, à semelhança da cruz, também temos duas linhas do fluir da reconciliação: a vertical (o homem com Deus) e a horizontal (entre os homens). O mesmo perdão que recebemos de Deus deve ser praticado para com nossos semelhantes.
QUEM NÃO PERDOA NÃO É PERDOADO
O perdão (ou a falta dele) faz muita diferença na vida de alguém. A reconciliação horizontal determina se a vertical que recebemos de Deus vai permanecer em nossa vida ou não. A palavra de Deus é clara quanto ao fato de que se não perdoarmos a quem nos ofende, então Deus também não nos perdoará. Foi Jesus Cristo quem afirmou isto no ensino da oração do Pai-nosso:
“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. – Mateus 6:14,15
Deus tem nos dado seu perdão gratuitamente, sem que o merecêssemos, e espera que usemos do mesmo espírito misericordioso para com quem nos ofende. Se fluímos com o Pai Celestial no mesmo espírito perdoador, permanecemos na reconciliação alcançada pelo Senhor Jesus. Contudo, se nos negamos a perdoar, interrompemos o fluxo da graça de Deus em nossa vida, e nossa reconciliação vertical é comprometida pela ausência da horizontal. Cristo também nos advertiu com clareza sobre isto em uma de suas parábolas (faladas num contexto que envolvia o perdão):
“Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar contas com os seus servos. 

E passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos. 

Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o seu senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, e que a dívida fosse paga. 
Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo te pagarei. 


E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida. 
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: paga-me o que me deves. 
Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo e te pagarei. 


Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. 
Vendo os seus companheiros o que havia se passado, entristeceram-se muito, e foram relatar ao seu senhor tudo o que acontecera. Então seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? 


E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida. 
Assim também o meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”. – Mateus 18:23-35



O significado desta ilustração dada por Jesus Cristo é muito forte. Temos um rei e dois tipos de devedores. Se a parábola ilustra o reino de Deus, então o rei figura o próprio Deus. O primeiro devedor tinha uma dívida impagável, enquanto que a do segundo estava ao seu alcance. Não há como comparar a dívida de cada um. Dez mil talentos da dívida do primeiro servo era o equivalente a cerca de 200.000 dias de trabalho, enquanto que os cem denários que o outro servo devia era o equivalente a apenas cem dias de trabalho. Esta diferença revela a dimensão da dívida que cada um de nós tinha para com Deus, e que, por ser impagável, estávamos destinados à prisão e escravidão eterna. Contudo, sem que fizéssemos por merecer, Deus em sua bondade, nos perdoou. Portanto, Ele espera que façamos o mesmo. O cristão que foi perdoado de seus pecados e recusa-se a perdoar um irmão – seu conservo no evangelho – terá seu perdão revogado.
Isto é muito sério. As ofensas das pessoas contra a gente não são nada perto das nossas ofensas que o Pai Celestial deixou de levar em conta. E a premissa bíblica é de que se pudemos ser perdoados por Ele, então também devemos perdoar a qualquer um que nos ofenda.
A FALTA DE PERDÃO É UMA PRISÃO
Quem não perdoa, está preso. Lemos em Mateus 18:34: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”. A palavra verdugo significa “torturador”. Além de preso, aquele homem seria torturado como forma de punição. A prática do ministério nos revela que o que Jesus falou em figura nesta parábola é uma realidade espiritual na vida de quem não perdoa. Os demônios amarram a vida daqueles que retém o perdão. Suas torturas aplicadas são as mais diversas: angústia e depressão, enfermidades, debilidade física, etc.
Muita gente tem sofrido com a falta de perdão. Outro dia ouvi alguém dizendo que o ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno, esperando que quem te magoou venha a morrer. A falta de perdão produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu. Por isso sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar um outro maior (a mágoa)”?
Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor. Porém, eu digo que o benefício maior não é o que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão produz na vítima, naquele que está ferido. Sem perdão não há cura. A doença interior só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa ressentida é seriamente afetada. Em outra porção das Escrituras (onde o contexto dos versículos anteriores é o perdão), vemos o Senhor Jesus nos advertindo do mesmo perigo:
“Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. 

Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”. – Mateus 5:25,26

Não sei exatamente como é está prisão, mas sei que Cristo não estava brincando quando falou dela. A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais alguém. Isto é um fato comprovado. Tenho presenciado gente que esteve presa por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto também pode acontecer com você, basta decidir perdoar.
SEGUINDO O EXEMPLO DIVINO 



Como deve ser o perdão?

A pessoa tem que pedir o perdão ou merecê-lo para poder ser perdoada? Não. Devemos perdoar como Deus nos perdoou:
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou”. – Efésios 4:32
O texto bíblico diz que nosso perdão e reconciliação horizontal deve seguir o exemplo da que Deus em Jesus praticou para conosco. Então, basta perguntar: – “Fizemos por merecer o perdão de Deus? Não. Então nosso ofensor também não precisa fazer por merecer”.
O perdão é um ato de misericórdia, de compaixão. Nada tem a ver com merecimento. O apóstolo Paulo falou aos efésios que o perdão é fruto de um coração compassivo e benigno. O perdão flui da benignidade do nosso coração, e não por haver ou não benignidade no ofensor.
Jesus disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procurá-lo para tentar a reconciliação. Mesmo se tal pessoa não me pr

ocurar ou nem mesmo quiser falar comigo, tenho que ter a iniciativa, tenho que tentar.

Deus ofereceu perdão gratuito a todos, independentemente de qualquer comportamento, e Ele é nosso exemplo!
NÃO HÁ LIMITE DE VEZES PARA PERDOAR
Certa ocasião, o apóstolo Pedro quis saber o limite de vezes que existe para perdoar alguém. E foi surpreendido pela resposta que Cristo lhe deu:
“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.– Mateus 18:21,22
O Senhor declarou que mesmo se alguém repetir sua ofensa contra mim por quatrocentos e noventa vezes, ainda deve ser perdoado. Na verdade, os comentaristas bíblicos em geral entendem que Jesus não estava se prendendo a números, mas tentando remover o limite imposto na mente dos discípulos para perdoar.
Fico pensando o que seria de nós sem a misericórdia de Deus. Quantas vezes Deus já nos perdoou? Quantas mais Ele vai nos perdoar? Se devemos perdoar como também Deus em Cristo nos perdoou, então fica claro que não há limite de vezes para perdoar!
O DIABO É QUEM LEVA VANTAGEM
Já falamos que há uma prisão espiritual ocasionada por reter o perdão. E que demônios se aproveitam desta situação. Agora queremos examinar um outro texto bíblico que nos mostra nitidamente que a falta de perdão dá vantagem ao diabo:
“A quem perdoais alguma cousa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma cousa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”. – II Coríntios 2:10,11
O apóstolo Paulo revela que se deixamos de perdoar, quem vai se aproveitar da situação é Satanás, o adversário de nossas almas. Disse ainda, que não ignorava as maquinações do maligno. Em outras palavras, ele estava dizendo que justamente por saber como o diabo age na falta de perdão, é que não podia deixar de perdoar.
Precisamos entender que Deus não será engrandecido na falta de perdão. Que o ofendido não lucra nada por não perdoar. Que até mesmo o ofensor pode estar espiritualmente preso. O único que lucra com isso é o diabo, pois passa a ter autoridade na vida de quem decide alimentar a ferida do ressentimento.
Bíblia nos ensina que não devemos dar lugar ao diabo (Ef.4:27). Que ele anda em nosso derredor rugindo como leão, buscando a quem possa tragar (I Pe.5:8), e que devemos resisti-lo (Tg.4:7). Mas quando nos recusamos a perdoar, estamos deliberadamente quebrando todos estes mandamentos.
CONSELHOS PRÁTICOS 



Para aqueles que reconhecem que não há saída a não ser perdoar, mas que, por outro lado, não é algo tão fácil de se fazer, quero oferecer alguns conselhos práticos que serão de grande valia.

Primeiro, o perdão não é um sentimento, é uma decisão e também uma atitude de fé. Já dissemos que o perdão não é por merecimento, logo, não tenho motivação alguma em minhas emoções a perdoar. Não me alegro por ter sido lesado, mas libero aquele que me lesou por uma decisão racional. Portanto, o perdão não flui espontaneamente, deve ser gerado no coração por levar em consideração aquilo que Deus fez por mim e sua ordem de perdoar. As conseqüências da falta de perdão também devem ser lembradas, para dar mais munição à razão do que à emoção.
É preciso fé para perdoar. Certa ocasião quando Jesus ensinava seus discípulos a perdoarem, foi interrompido por um pedido peculiar:
“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. 

Se por sete vezes no dia pecar contra ti, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Então disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. – Lucas 17:3-5

Naquele instante os discípulos reconheceram que para praticar este nível de perdão iriam precisar de mais fé. E Jesus parece ter concordado, pois nos versículos seguintes lhes ensinou que a fé é como semente, quanto mais se exercita (planta) mais ela cresce (se colhe).
É necessário crer que Deus é justo e que Ele não nos pede mais do que aquilo que podemos dar. Se Deus nos pediu que perdoássemos, Ele vai nos socorrer dispensando sua graça no momento em que tivermos uma atitude de perdão.
Muitas vezes o perdão precisa ser renovado. Depois de declarar alguém perdoado, o diabo, que não quer perder seu domínio, vai tentar renovar a ferida. Em provérbios 17:9 as Escrituras Sagradas nos falam sobre encobrir a questão ou renová-la. É preciso tomar uma decisão de esquecer o que houve, e renovar somente o perdão. Cada vez que a dor tentar voltar, declare novamente seu perdão. Ore abençoando seu ofensor. Lute contra a mágoa!
É importante ver os ofensores como vítimas. Isto é algo especial que vejo em Jesus na cruz:
“Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. – Lucas 23:34 



Em vez de olhar para eles como quem merece punição e castigo, Jesus enxerga que eles também eram vítimas. Aqueles homens estavam em cegueira e ignorância espiritual, debaixo de influência maligna, sem nenhum discernimento de quem estavam de fato matando. Eram vítimas de todo um sistema que os afastou de Deus e da revelação das Escrituras. E ao reconhecer que ele é que eram vítimas, em vez de alimentar dó de si mesmo (como nós faríamos), Jesus teve compaixão deles.

Acredito que este é um princípio para o perdão fluir livremente. Assim como Jesus o fez, deixando exemplo, Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, também o fez:
“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”. – Atos 7:60
Quando você começa a enxergar as misérias da vida espiritual de seu ofensor (ao menos a que manifestou no momento de te ferir), e canaliza o amor de Deus por ele, como você também necessita do amor divino ao se achegar arrependido em busca de perdão, a coisa fica mais fácil. 

Estudo - Oração

ESTUDO BÍBLICO MIPAFAVIN
ORAÇÃO


INTRODUÇÃO
É importantíssimo este estudo, pois trata do nosso diálogo e comunhão com Deus. Vamos estudar hoje: o que é a oração, a necessidade que temos de orar, a quem orar e como orar, a resposta às orações, as formas mais comuns de oração e o valor das orações.


1) DEFINIÇÃO DE ORAÇÃO
maos em oraçaoDeus estabeleceu a oração como o meio dos verdadeiros cristãos terem comunhão com Ele. Orar é falar ou dialogar com Deus.Oração não é reza. Rezar é o mesmo que recitar algo previa-mente escrito ou decorado; é mera repetição. A maioria das rezas são de procedência humana ou maligna. A reza é morta e nada produz. Envolve apenas a mente. Não existe reza na Bíblia. A Bíblia ensina a oração. A oração não é previamente planejada nem decorada, mas brota naturalmente do nosso interior pelo Espírito Santo de Deus.


É um relacionamento entre o nosso espírito e o Espírito Santo de Deus. A oração é viva, é algo que sai da alma e do espírito do cristão. Não pensamos antes o que iremos falar, mas, quando nos ligamos com Deus, as palavras fluem naturalmente, adequadas para aquele momento ou situação.
A oração é a chave que abre o coração de Deus. É o falar da alma com Deus. É abrirmos o nosso coração, desabafando com Deus as nossas angústias e aflições. É o diálogo da criatura com o seu Criador, ora pedindo, ora agradecendo, ora louvando-O, e ora adorando-O. A oração é um relacionamento constante, íntimo e pessoal com Deus (Cols. 4:2; Mat. 6:6; Rom. 8:26-27).

2) A NECESSIDADE DE ORAÇÃO
É impossível viver a vida cristã sem a oração. Assim como marido e esposa precisam de diálogo constante para manterem o bom relacionamento familiar, assim o cristão precisa orar para manter estreitado o relacionamento espiritual com Deus. O diálogo está para a necessidade material da família, assim como a oração está para a necessidade espiritual do cristão. Todo cristão necessita muito orar para ter comunhão com Deus, pois a oração é alimento para nossa alma e firmeza para nossa vida. Pela oração e estudo da Bíblia, Deus dirige a nossa vida.

A oração nos abençoa, abençoa os outros e faz crescer o reino de Deus. Os apóstolos oravam muito e milhares se convertiam (Atos 1:14 e v. 24; 2:42; 4:31; 6:6; 8:15; 9:11 e v. 40). (Devemos orar em todo tempo Ef. 6:18), perseverar em oração (Cols. 4:2) e orar sem cessar (1a Tes. 5:17). Quando ouvimos a pregação ou lemos o Evangelho, Deus fala conosco. Quando oramos, nós falamos com Deus. A Bíblia recomenda muita oração.
O Senhor Jesus é o nosso maior exemplo. Passava horas e até noites inteiras em oração. Orava no monte (Marc. 6:46), às vezes a noite toda (Luc. 6:12), de manhã bem cedo (Marc. 1:35), como na agonia do Getsêmani (Mat. 26:36-44). O cristão que não ora poderá cair em tentações e sofrermuitos males (Luc. 21:34-3622:40).

3) A QUEM DEVEMOS ORAR
É totalmente errado pedir a Deus em nome de santos. Em 1a Tim. 2:5 diz: Jesus é o único Mediador ou Intermediário entre nós e Deus”. O Novo Testamento ensina claramente que devemos orar a Deus, o Pai, em nome do Senhor Jesus (Ef. 5:20; Col. 3:17). Atentemos que, embora toda a Trindade esteja envolvida nas nossas orações, não devemos pedir em nome dos três.
Devemos pedir a Deus, o Pai, em nome do Senhor Jesus. Jesus intercede por nós (Rom. 8:34). A resposta chega a nós através do Espírito Santo (João 16:23-24 e vs.13,14; João 14:17). Nos textos a seguir é o próprio Senhor Jesus que nos ensina a pedir ao Pai em seu nome (João 14:13-14 e v. 6; 15:16).

4) COMO ORAR
A) TEMPO E LUGAR PARA ORAÇÃO
oraçaoDevemos orar de manhã (Marc. 1:35), antes das refeições (Atos 27:35), nas vigílias e em ocasiões especiais (Luc. 6:12-13), a sós, secretamente (Mat. 6:6), de madrugada (Prov. 8:17) e na Igreja (Atos 1:14). Devemos orar em todo tempo e lugar que nos seja possível (1aTim. 2:8). Nos cultos das Igrejas é comum uma pessoa orar, e os demais acompanharem em espírito, dizendo o Amém no final. Também podemos orar todos juntos. No culto domestico, em casa, cada membro da família poderá orar, um de cada vez. Devemos ensinar a nossos filhos os caminhos de Deus e a oração.


B) POSTURA DO CORPO EM ORAÇÃO
A postura do corpo em oração não é determinada na Bíblia. Podemos orar em qualquer posição: de joelhos (Luc. 22:41), prostrado (Mat. 26:39), em pé (João 17) e assentados (Atos 2:2). A posição mais conveniente é de joelhos e de olhos fechados. Se alguém está doente, de cama, sem poder levantar-se, poderá orar deitado, foi o caso do rei Ezequias (Isaias 38:1-5).

C) POSTURA DA VOZ EM ORAÇÃO
Podemos orar em nossa língua ou língua espiritual; pode-mos orar em voz alta, baixa ou em silêncio. Em voz alta (Atos 1:24), baixa (Luc. 22:46), em silêncio (Ef. 6:18) e em línguas (1a Cor. 14:4-5 e vs. 13, 15, 18, 27, 28).

5) POSSÍVEIS RESPOSTAS ÀS ORAÇÕES
A) SIM: A resposta às nossas orações será sim, se estiverem dentro dos princípios que Jesus ensinou em Mat. 6:9-10. Isto é, reconhecermos a grandeza e a santidade de Deus; que o Seu nome seja santificado e a Sua vontade feita em nós; que Ele reine em nós e através de nós, e que tudo o que pedirmos seja para o nosso bem e glorificação do nome do Senhor (1a João 5:14-15; João 14:13-14; Marc. 11:24).

B) NÃO: A resposta às nossas orações será não, se estiverem contra a vontade de Deus ou se forem um mal para nós (1a João 5:14; Tiago 4:3). Outros impedimentos são: se existir em nós pecado que cause impedimento, orarmos com dúvida ou falta de perdão (1a Ped. 3:7; Ef. 5:22 e v. 25; Is. 59:1-2; Prov. 1:28-3128:9; Tiago 1:6-7; Marc. 11:25-26). Já Mat. 18:23-35 trata do perdão, e diz nos versos 33 a 35, que não seremos atendidos se do íntimo do coração não perdoarmos aos outros.

C) AGUARDE: A resposta às nossas orações será aguarde, quando Deus quer provar a nossa fé, paciência e perseverança ou quando ainda não é o momento próprio (Col. 4:2; Atos 2:42). Deus quer ser adorado e glorificado; e que sejamos agradecidos pelas bênçãos que nos concede. Em Luc. 17:12-19 registra a cura de dez leprosos. Jesus reclamou porque só um voltou para dar glória a Deus.

6) FORMAS MAIS COMUNS DE ORAÇÃO
A) PETIÇÃO OU SÚPLICA: Petição ou súplica é quando se roga a Deus por si, por alguém ou por alguma coisa (Mat. 8:2-3; Atos 1:24).

B) INTERCESSÃO: Intercessão é quando se pede por alguém ou se ajuda alguém em oração (Atos 12:5). Devemos orar pelas autoridades do país e não as maldizer (1a Tim. 2:1-3; Rom. 13:1-7).

C) AÇÕES DE GRAÇAS: Ações de graças é quando nós agradecemos a Deus por bênçãos que Ele nos concedeu ou concedeu a outros por quem intercedemos (Fil. 4:6; Rom. 1:8).

D) ADORAÇÃO: Adoração é quando queremos glorificar e exaltar a Deus adorando-O por Sua grandeza, por suas obras, pelo seu poder e, acima de tudo, pelo grande amor com que nos salvou em Cristo Jesus (João 4:23-24; Sal. 75:1; 138:1-3; 29:2). Quando cantamos e louvamos a Deus, isto também é uma forma de adoração. Existem outras formas de oração além destas, como no caso do “Pai Nosso” (Mat. 6:9-13). O importante e bíblico é que a oração seja feita com fé, reverentemente e que os seus propósitos glorifiquem a Deus.

7) O VALOR DAS ORAÇÕES
orandoQuando as nossas orações são feitas sem duvidar (Tiago 1:6-7), com fé e de acordo com a vontade de Deus, são de tão grande valor que é impossível avaliarmos. Atos 3:1-9 registra que Pedro disse ao paralítico: em nome de Jesus Cristo, levanta e anda.
O paralítico foi curado e saiu andando e pulando de alegria. Podem avaliar o valor dessa oração? É impossível. Tiago 5:16 diz: “orai uns pelos outros, para que sareis: a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”.
A Igreja primitiva orava sempre e havia conversão e salvação aos milhares (Atos 1:14; 2:41-42 e v. 47; 4:4). É assim que nós devemos fazer. Estudar muito a Bíblia, mas também orar sempre, pois as orações são de grande valor, e veremos o potencial divino que está à nossa disposição. Também as figuras ao lado dão-nos essa mesma idéia. Amém.

A) APELO
Este estudo aplica-se mais aos salvos. Se alguém, no entanto, ainda não nasceu de novo e não tem certeza da salvação, arrependa-se e creia pela fé que os seus pecados crucificaram Jesus. Creia que Cristo já recebeu na cruz o castigo que você merecia, e receba hoje pela fé o perdão e a salvação (Rom. 3:20 e v. 28; Efésios 2:8-9; Isaias 53:4-6).


CONCLUSÃO
Orar é falar ou dialogar. A oração é um relacionamento constante, íntimo e pessoal com Deus. A oração é uma necessidade, para termos comunhão com Deus e sermos guardados dos males e sofrimentos que as tentações podem nos causar. Devemos orar sempre a Deus, o Pai, em nome de Jesus. Orar em qualquer posição que nos seja possível.Em voz alta, baixa, silêncio e em línguas.
A resposta pode ser: sim, não ou aguarde. Devemos orar pedindo, intercedendo, agradecendo e adorando. Exercitemo-nos na prática das orações, elas são de grande valor, abençoaremos a muitos e a nós também. Leia a Bíblia. Comece pelo Novo Testamento. Amém

Estudo - A Santificação

ESTUDO BÍBLICO MIPAFAVIN
A SANTIFICAÇÃO


INTRODUÇÃO
Vamos estudar hoje: definição de santificação, o conceito de santo na Bíblia e no mundo, a necessidade de santificação, porque nosso corpo não se converte e luta contra o nosso espírito; a nossa parte e a parte de Deus na santificação. Deus nos santificará pelo poder de Sua Palavra, do sangue de Jesus e do Espírito Santo. E as bênçãos da santificação.


1) DEFINIÇÃO DE SANTIFICAÇÃO
adoradorO conceito de santificação ou de santo na Bíblia é exatamente o oposto do conceito do mundo. As pessoas não crentes entendem como santos as imagens de escultura. Essas coisas, de inspiração maligna, enganam e levam à condenação milhares de pessoas em todo o Mundo. Em Êxodo 20:1-6 (os Dez Mandamentos da Lei), Deus proibiu fabricar, crer e adorar imagens. Em Deut. 7:25-26; 27:15 Deus determina que todas as imagens sejam destruídas, pois são maldições. Todo milagre que ocorre nesses meios é falso e de origem maligna (2a Tes. 2:9).

Na Bíblia, o conceito de santificação significa tornar santo; e ser santo significa ser separado ou consagrado para uso exclusivo de Deus. A palavra santo na Bíblia refere-se a três tipos de pessoas:A Deus, aos Anjos e aos crentes salvos. A Deus no grau Santíssimo. Toda a essência da natureza de Deus é Santa. Só Deus é Santíssimo em Si mesmo e fonte de toda a santidade.

Nós não temos santidade em nós mesmos, mas recebemos da fonte que é Deus (Is. 6:1-3; 30:15; 1aPed. 1:16). Os Anjos são santos porque assim foram criados por Deus (Apoc. 14:10; Luc. 9:26). Os crentes salvos são santos, porque, ao crerem em Jesus, foram separados para Deus, tanto os vivos como os salvos que já morreram, porque no Céu a vida continua. Todo o milagre que ocorre em nosso meio é feito por Deus, que atende às nossas orações, e não por nós (1a Cor. 1:2Sal. 149:5; Tiago 5:14-16).

2) OS DOIS SENTIDOS DA SANTIFICAÇÃO
A santificação faz parte do plano da salvação e começa no momento em que nos convertemos. A santificação existe em dois sentidos. O primeiro é quando pela  cremos em Jesus e fomos salvos.Deus nos perdoou, justificou, regenerou e passou a chamar-nos santos, porque, nos olha salvos em Jesus Cristo e separados para Deus. O segundo é um processo contínuo e progressivo deaperfeiçoamento espiritual e de experiência cristã, na vida das pessoas salvas. E é sobre este segundo sentido que vamos estudar hoje (2a Cor. 6:14-187:1).

3) A NECESSIDADE DE SANTIFICAÇÃO
A) NOSSO CORPO NÃO SE CONVERTE
Cada um de nós é um ser triúno: espírito, alma e corpo. A consciência é a voz do nosso espírito; as emoções são a voz da nossa alma; e os 5 sentidos são a voz do nosso corpo. É no nosso espírito que Deus fala conosco. A nossa alma faz a ligação entre o espírito e o corpo, entre o espiritual e o material. A pessoa em si é o espírito humano, que possui uma alma e habita no seu corpo.

Ao crermos em Jesus, fomos salvos por inteiro: espírito, alma e corpo. Fomos recriados e nascemos de novo, passamos a ser filhos de Deus, e a partir daí o Espírito Santo habita em nosso espírito. Tudo foi feito novo, mas só em nosso espírito (2a Cor. 5:17). Nossa alma é liberta pelo poder da Palavra de Deus (Tiago 1:21; João 8:32 e v. 36; 15:3; Sal. 19:7).

A salvação do corpo é a ressurreição em corpo espiritual santo após esta vida. Nós recebemos poder em nosso espírito para trazer nosso corpo em obediência a Deus, porque a inclinação da nossa carne é inimizade contra Deus. Porquanto o nosso corpo não se converte; continuará pecaminoso e com desejo de pecado até a morte. Assim, necessitamos de santificação, para vencer a tendência do nosso corpo ao pecado (Rom. 8:5-16).

 B) A CARNE LUTA CONTRA O ESPÍRITO
O processo de santificação é uma luta sem trégua contra os desejos pecaminosos da nossa carne, que luta contra o nosso espírito, para que não façamos o que queremos. É como se fossem duas pessoas brigando dentro de nós. É o velho homem lutando contra o novo homem (Cols. 3: 1-10). Assim, a santificação é necessária porque o nosso corpo não se converte.

Nossa carne luta contra o nosso espírito dificultando a santificação de todo o nosso ser. Em Gen. 4:5-7; Gal. 5:16-21 fala dos desejos da carne. À medida que vencemos a nossa carne, recebemos o fruto do Espírito (Gal. 5:22-25).

4) A NOSSA PARTE NA SANTIFICAÇÃO
A) DECIDAMOS SANTIFICAR-NOS
A santificação exige disposição permanente de buscá-la e esforço para vencer a nossa carne. Dentro do plano da salvação está a santificação, que começa na conversão. A nossa participaçãocomeça com o desejo de santificação. Devemos consagrar a Deus o nosso espírito, alma e corpo.

Separar-nos do mundo de pecado e dispor-nos a andar com Deus. Saibamos possuir nosso corpo em santificação e honra. Lembremos que nosso corpo é templo do Espírito Santo. Devemos mortificar pelo espírito todos os desejos pecaminosos do nosso corpo (1a Ped. 2:1-2; 1a Ped. 1:15-16 e v. 22Rom. 12:1-2; 1a Tes. 4:3-4; 1a Cor. 6:18-20; Sal. 1:1-3).

B) SANTIFIQUEMOS A LINGUAGEM
Não falemos chocarrices, palavras torpes (palavrões) e não mintamos (Ef. 5:4; 4:25 e v. 29). Não digamos palavras como: “nossa!”, “nossa senhora!”, “virgem!”, “minha nossa!”, “meu são!”, “cruz credo!... Estas expressões são malignas. Ame os seus queridos, mas nunca diga: "adoro meu filho, meu marido, minha esposa, esta roupa”, “ou, adorei sua comida”, etc... As pessoas querem dizer que amam ou gostam muito. Porém, no reino espiritual, a palavra adorar mantém o significado de adoração. A Bíblia diz que  a 

Deus devemos adorar e, nestes casos, Deus se entristece e Satanás recebe essa adoração. Façamos uma limpeza em nossas palavras. Usemos vocabulário compatível com a Bíblia.
Sobre a língua leiam Tiago 3:3-12. Nossa língua é terrível. Em Mat. 12:34-37 trata deste assunto; Jesus diz, no verso 37, "por tuas palavras serás condenado e por tuas palavras serás justificado".Leiam sobre a conduta Efésios 4:17-32; 5:1-21; 6:10-18. Vistam-se decentemente (1a Tim. 2:9-10; 1aPed. 3:1-6; 1a Cor. 11:14-15).

Abandonem os vícios e jogos como do bicho, cartas, loterias, raspadinhas, bingos, etc... (Prov. 13:11; 28:8 e v. 20; Ecl. 5:10; Jer. 17:11). “Todo o crente deve orar pedindo o batismo no Espírito Santo e poder para vencer a si mesmo. Em 2a Cor.10:4-5 diz que nós recebemos armas espirituais paravenceronossoeu,o poder do pecado e as fortalezas do mal. Destruir os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levar cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”. 
Sem santificação ninguém verá a Deus (Heb. 12:14). Busque com fé e você receberá.

5) A PARTE DE DEUS NA SANTIFICAÇÃO
Deus está pronto a nos santificar. Porém nós limitamos a operação de Deus na santificação pelo grau de nossa participação. Façamos a nossa parte, através do estudo da Bíblia, da oração, do serviço e da adoração a Deus. Então Deus nos santificará de dentro para fora, operando em nosso espírito, alma e corpo. Ele nos dará poder na área espiritual para santificar a área material. Assim, nosso exterior (corpo) refletirá a santificação do nosso interior.

A) DEUS NOS SANTIFICA PELO PODER DA SUA PALAVRA
É inquestionável o poder santificador da Palavra de Deus. Só operará, porém, sobre os que estudam a Bíblia (João 17:17; 15:3; 6:63; Sal. 119:9-11 e v. 105; Ef. 5:26).

B) DEUS NOS SANTIFICA PELO PODER DO SANGUE DE JESUS
O poder do sangue de Jesus purifica-nos de todo pecado (já arrependido e abandonado) (1a João 1:7) e opera na nossa santificação (Heb. 9:1410:1013:12).

C) DEUS NOS SANTIFICA PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO
A Trindade Santa atua purificando o crente, para que seja santificado em todo o seu ser triúno: espírito, alma e corpo (1a Tes. 5:23; 2a Tes. 2:13; 1a Ped. 1:2). Se fizermos a nossa parte, então Deus usa o poder do Espírito Santo, junto com o poder da Sua Palavra e do sangue de Jesus, e nos santifica. Um dia lá no Céu receberemos a santificação em plenitude.

6) AS BÊNÇÃOS DA SANTIFICAÇÃO
Orando de joelhosQuanto maior for o crescimento em santificação, maior será a nossa certeza e segurança de salvação e vida eterna com Deus. Teremos maior conhecimento de Deus e receberemos poder e riquezas espirituais (Ef. 1:17-19).
Teremos um caráter de acordo com a Sua vontade (santo). A santificação nos torna cada vez mais participantes da natureza divina(2a Ped. 1:4), faz-nos agradáveis a Deus e pela fé contemplamos a Sua glória.

Faz-nos aptos para servirmos a Deus como Ele quer e sermos vitoriosos. Então podemos adorar a Deus como Ele deseja: em espírito e em verdade (João 4:23-24). Confira sobre adoração Sal. 148; 150; 95:6; 96:9. No Céu, Deus é sempre adorado, veja Apc. 4:10-11; 5:14; 7:11; 11:16; 19:4. A verdadeira adoração a Deus é fruto da santificação. As figuras abaixo lembram: estudo da Bíblia, oração, servir e adorar a Deus.

7) APELO
Este estudo aplica-se mais aos salvos. Se alguém, no entanto, ainda não nasceu de novo e não tem certeza da salvação, arrependa-se e creia pela fé que os seus pecados crucificaram Jesus. Creia que Cristo já recebeu na cruz o castigo que você merecia, e receba hoje pela fé o perdão e a salvação (Rom. 3:20 e v. 28; Efésios 2:8-9; Isaias 53:4-6)


CONCLUSÃO
Santificação significa tornar santo e ser santo significa ser separado ou consagrado para uso exclusivo de Deus. Necessitamos de santificação porque nosso corpo não se converte. A santificação exige disposição permanente de buscá-la e esforço para vencermos a nossa carne. Exige separação do mundo de pecado e consagração a Deus da nossa vida e linguagem.
Então seremos santificados pelo poder da Palavra de Deus, do sangue de Jesus e do Espírito Santo. Receberemos poder e riquezas espirituais que Deus quer nos dar, seremos vitoriosos na obra do Senhor e teremos comunhão íntima e profunda com Deus em oração e adoração. Leia a Bíblia, comece pelo Novo Testamento e depois o Antigo. Amém.